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O problema do cristão desigrejado


Até pouco tempo tempo atrás não se ouvia falar de um evangélico que não fosse membro de uma igreja. Sobre os católicos ouvimos falar dos praticantes e dos não praticantes, mas do evangélico não. Mas parece que isso mudou. Está cada vez mais comum encontrar por aí um cristão "desigrejado". Ele tem uma reação de insatisfação com qualquer denominação religiosa e busca uma espiritualidade pessoal fora das igrejas. O desigrejado questiona tudo que diz respeito as igrejas tradicionais, desafia a noção de autoridade e tradição religiosa, optando assim por ficar de fora e congregar, digamos, "em casa". É um peixe fora dágua.

Quem são os desigrejados?

1. Desigrejado Tipo A. Frequentou a igreja por um tempo, se afastou dela depois acabou se desviando da fé. Abandonou a igreja e a Deus.

2. Desigrejado Tipo B. O crente frequenta uma igreja regularmente, é membro integrante da congregação, e até mesmo atuante nos ministério da igreja, mas acaba se decepcionando, não concordando com alguma coisa, ou se aborrecendo com algo ou alguém. Com o coração endurecido, o crente se afasta e decide não congregar. Em casa, ele passa ler a bíblia, orar, assistir pregações e estudos na internet, e vai tentando levar de forma individual a vida cristã. Quando questionado, ele diz que não precisa se congregar, e que ama a Cristo, mas optou por vier fora do "sistema" ou "bolha".

3. Desigrejado Tipo C. É um desigrejado arrojado, que faz parte do movimento dos desigrejados. Este grupo, de forma deliberada, ataca a instituição da igreja. Para estes, a Igreja é algo humano, se tornou uma empresa, e que os seus líderes são ladrões e que, de forma geral, não existe uma sequer que seja séria e comprometida com a verdade. Defendem o cristianismo sem igreja, e o fim da instituição da igreja.

Qual o problema de ser desigrejado?

Há vários problemas. Muitas ordenanças e conselhos bíblicos não podem ser cumpridos sem uma congregação.

Em Mateus 18:15-18, Jesus fala a respeito da disciplina e do tratamento que a igreja deve aplicar a um irmão que pecou. Como obedecer a essa orientação sem a igreja?

Em atos 6:1-7. Os discípulos instituem diáconos para serviço na igreja. E em I Timóteo 3:1-6, Paulo institui presbíteros. Como ser um diácono ou presbítero sem a igreja para ordenação? Como executar essas funções sem uma congregação?

Hebreus 10:25 enfatiza a necessidade da comunhão entre os crentes, alertando contra o abandono dos encontros congregacionais. O texto se direciona àqueles que estavam se distanciando da vida comunitária da igreja.

Em 1 Coríntios 12:12-14, Paulo compara a igreja a um corpo humano, onde cada membro desempenha um papel único. Ele destaca que, embora haja diversidade de funções, todos os crentes fazem parte do mesmo corpo de Cristo. Isso ressalta a importância da unidade e colaboração entre os membros da igreja.

A igreja primitiva funcionava como um corpo unificado, com organização, distribuição de funções e rituais estabelecidos. Celebrações regulares da ceia e do batismo evidenciavam uma rotina e agenda de práticas. Além disso, os membros contribuíam com seus bens para o funcionamento da comunidade. A Bíblia contradiz as afirmações dos desigrejados, que criticam as estruturas organizacionais e rituais presentes nas igrejas contemporâneas.

A importância de congregar-se

A Bíblia ensina que o cristão está ligado ao corpo de Cristo, a igreja, e sua saúde espiritual depende dessa conexão. Participar da comunhão da igreja, envolver-se em sua vida e doutrina são aspectos essenciais da vida cristã. A falta desse envolvimento levanta dúvidas sobre a sinceridade da fé e o compromisso cristão. Assim, o cristão é chamado não apenas a crer individualmente, mas também a se integrar e contribuir para o corpo coletivo da igreja.

O Reino de Deus é comparado a uma família na Bíblia, não a uma jornada solitária. A Escritura não respalda o abandono da igreja; pelo contrário, enfatiza a necessidade de congregar. Os cristãos são exortados a se reunir para adoração coletiva, encorajamento mútuo e edificação espiritual. Essa comunhão ocorre dentro da congregação dos santos, que é a igreja. A união dos crentes em uma comunidade de fé é essencial para a vida espiritual e o testemunho cristão.

Uma palavra final

Aos grupos de desigrejados, a palavra final é simples: voltem e reconsiderem suas opiniões. É essencial caminhar juntos, fazer parte da igreja visível e invisível, onde a comunhão e o fortalecimento mútuo são pilares fundamentais da fé e do testemunho cristão.




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